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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Mãe usa forças para resgatar filho de desabamento de igreja: `Cavei com as próprias mãos´



O desabamento da igreja sobre sete pessoas, incluindo uma vítima fatal, trouxe momentos de dor e desespero para os fiéis da Assembleia de Deus Madureira – campo do Taboão, em Diadema, nesta quarta-feira (15).
“Só pensei que precisava tirar meus filhos debaixo dos escombros. Por isso, comecei a cavar com as próprias mãos”, disse Vera Lúcia de Lima Jesus, de 37 anos, ao relatar o desespero de ver dois de seus quatro filhos soterrados pelos escombros.
Usando a força dos braços, Vera conseguiu salvar Fernando, de apenas 2 anos, mas precisou aguardar a chegada dos bombeiros para ver o filho Davi, 5, ser removido do local com vida.
“Continuei a revirar o entulho e a chamar pelo Davi”, disse a mãe, que contou com a ajuda de vizinhos e conhecidos para o resgate. Depois da ação dos bombeiros, a criança passou a noite em observação no Quarteirão da Saúde devido a pancada na cabeça.
Quando tudo aconteceu, Vera conta que participava de campanha de oração dentro do templo. “Foi tudo muito rápido. Só consegui pensar nos meus filhos”, disse ela.
Para Wilton Doia, tio dos meninos, Vera foi uma leoa. “Não mediu esforços para salvar as crianças”, disse ele. Vera também reconhece que sentiu força sobre-humana durante o resgate dos filhos. “São nessas horas que uma mãe se torna uma heroína. E hoje eu fui uma.”
Ter saído do acidente com vida foi considerado um “livramento de Deus” para a dona de casa Samara Pereira Alves, de 32 anos. “Estava no palco fazendo orações e ouvi o estalo. Quando percebi, a fumaça já havia tomado conta do salão. Fui me guiando pela parede até a saída”.
O filho de Samara, Willian Wallace Alves Santos, de 13 anos, estava na cantina da igreja com o amigo Adão Lucas, 18 — espaço localizado ao lado do salão onde ocorreu o desabamento. “Escutei o barulho e já vi a fumaça subir. Lembrei da minha mãe na hora e, quando fui ao encontro dela, ela estava saindo pela porta”, disse emocionado.

Transexual “crucificado” na Parada Gay é intimado a depor para explicar ultraje a símbolo cristão


Viviany Beleboni, transexual que usou uma cruz em sua performance durante a Parada Gay 2015, foi intimado a depor na 78ª Delegacia de Polícia de São Paulo (SP), para explicar as acusações de ultraje a símbolo religioso.

A informação sobre a intimação foi divulgada na página de Beleboni no Facebook: “No Brasil funciona assim… Você que é LGBT e o ano todo descriminado (sic) (a) morto (a) espancado (a) difamado (a) agredido (a), posto para fora de sua casa pela própria família, perde emprego por ser LGBT, é satirizada (o) por inúmeros programas de televisão, jornais eventos. E aí você vai reagir de uma forma artística gritando socorro menos de um dia fazem uma montagem nojenta para distorcer a população, e é indiciada a delegacia por uma bancada evangélica, só tenho uma coisa a dizer, se vocês acham, vou repetir de novo (acham, ‘pensam’) que vão me calar, estão perdendo o tempo de vocês, lutarei até o fim por democracia que não existe nesse pais graças a vocês seus hipócritas”, disparou o transexual.

A representação foi movida junto ao Ministério Público Estadual (MP-SP) pela Associação das Igrejas Evangélicas de São Paulo, ainda em 2015. A intimação para o depoimento de Beleboni só foi emitida agora. Nesse intervalo, o transexual desfilou novamente na Parada Gay e reiterou os ataques aos símbolos da fé cristã e à bancada evangélica no Congresso Nacional.

De acordo com informações do G1, a advogada de Beleboni, Cristiane Leandro de Novais, o MP-SP investiga se o transexual violou o artigo 208 do Código Penal, ao ultrajar símbolo religioso.

“Brasil, o país da teocracia! É pra glorificar de pé! Ao contrário de alguns covardes que distorcem e incitam ódio a LGBTS ano todo, estarei presente com minha advogada [na delegacia para prestar depoimento]”, acrescentou Beleboni em seu texto, ironizando os dizeres comuns a evangélicos pentecostais. A intimação aponta que Viviany deve prestar depoimento à polícia no próximo dia 21 de junho.

“Não houve ato criminoso, não houve escárnio, não houve repúdio a atos religiosos, houve encenação onde ela manifestou, em uma representação, as mortes e a violência contra o movimento LGBT”, argumentou a advogada.



Fonte: Gospel+

Justiça decide pela permanência de totem com a frase "Sorocaba é do Senhor Jesus"


A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo sobre o pedido do Ministério Público para remover o totem com dizeres religiosos de Sorocaba (SP) se mantém contrária à retirada do marco, agora em segunda instância.
A solicitação do Minstério Público consistia em remover monumento que exibe a frase "Sorocaba é do Senhor Jesus Cristo", alegando que o totem violava os "princípios constituicionais da liberdade de crença e do Estado laico", mas o Tribunal continuou negando o pedido, como já havia feito em primeira instância, em 2014.
Entre julgamento e apelação, o caso durou mais de três anos. O totem foi instalado em 2006, na entrada da cidade pela rodovia Senador José Ermírio de Moraes, também conhecida como 'Castelinho'.
O desembargador Oscild de Lima Júnior considerou que marco não significa nenhuma ofensa à liberdade religiosa ou à laicidade do Estado.
“O Brasil foi colonizado e formado dentro dos parâmetros da civilização cristã. Este é um fato indesmentível a que não se pode fugir, tornando a questão muito mais cultural do que religiosa. A prevalecer a tese sustentada pelo autor, pergunta-se como seria feita esta depuração religiosa cultural? Quantos milhares de ações civis públicas terão que ser propostas para afastar essa tradição cristã? Sem perder de vista o fato de o Brasil ter tido o catolicismo como religião oficial por mais de 300 anos”, destacou

Contextualização
A ação civil pública foi apresentada pelo MP de São Paulo em 2013, após uma representação feita por dois estudantes de direito.
O totem chegou a ser alvo de vandalismo por diversas vezes e "Sorocaba é do Senhor Jesus Cristo"
"A laicidade estatal não é fundamento para a praxis do ateísmo (a negação do transcendente), porque isso, bem se vê, implicaria uma discriminação contrarreligiosa e, no caso de nações tributárias de civilização religiosa, haveria aí também uma discriminação contra a história e a cultura popular. Com efeito, na medida em que o ateísmo, sendo - como o é de modo inevitável- uma cosmovisão nutrida de contrateísmo, opõe-se, por sua ratio essendi, à visão religiosa do mundo e da vida", disse Marcelo Theodósio, relator da decisão divulgada em primeira instância.

Fonte:Guiame